Política externa governo dilma - discurso na onu em 2011

Os princípios de autodeterminação dos povos, não-intervenção e solução pacífica de conflitos são questões que interferem nas decisões sobre as ações do Estado brasileiro e estão diretamente relacionados à importância que se dá à Soberania Nacional. É evidente que um país que quer manter sua soberania não deve intervir em assuntos de outros países, assim como deve respeitar os povos de cada nação quanto à sua soberania. Além disso, a solução pacífica de conflitos não ficou de fora dos debates e ações diplomáticas, e isso fez com que a diplomacia brasileira fosse vista internacionalmente com bons olhos através de sua postura coerente e “simpática”.
Segundo Cervo (2008) o multilateralismo, as parcerias estratégicas, a ação externa cooperativa e o pragmatismo, foram inseridos nas questões das relações exteriores do Brasil. Com o objetivo de se tornar um país de destaque a nível internacional como uma nação desenvolvida, o multilateralismo foi adicionado como princípio da política externa nacional tendo, basicamente, de forma continuada, o Estado na frente das negociações. Em relação ao princípio da cooperação, essa é uma política de Estado que acompanhou governos democráticos e autoritários. Para falar das parcerias estratégicas e do pragmatismo é possível citar que o alinhamento aos EUA em momentos diversos foi uma forma de por em prática o pragmatismo da política exterior, apesar de em outros momentos o alinhamento automático com os Estados Unidos não ser desejado, como nos governos de Jânio Quadros, Geisel e Lula.
É possível dizer que a política externa e as ações diplomáticas foram fortemente definidas pela política nacional de desenvolvimento que procurou, e procura, uma maior interação com os outros países. Essa busca pela interação levou o Brasil a participar de instituições internacionais e buscar maior espaço de atuação na ONU.
Em seu discurso na ONU em 21 de outubro de 2011, a atual presidenta do Brasil, Dilma Roussef deixa evidente que a política