política cambial
Medidas do BC também buscaram reagir à volatilidade da moeda no ano.
Mínima foi de R$ 1,69 em fevereiro e máxima, de R$ 2,13 em novembro.
Atualizado em 28/12/2012 17h17
Gabriela Gasparin
Do G1, em São Paulo
Tentando equilibrar, de um lado, os interesses dos exportadores e da indústria nacional, e de outro a taxa de inflação, o governo alterou quatro vezes, ao longo de 2012, o prazo de incidência do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) sobre empréstimos no exterior. No começo do ano, o objetivo era conter a excessiva valorização do real e, depois, a sua desvalorização.
Na mesma toada, o Banco Central estendeu e cortou mais de uma vez o prazo para exportadores receberem antecipadamente por vendas externas, entre outras medidas tomadas pela autoridade monetária para buscar conter o “sobe e desce” da moeda norte-americana ao longo de 2012 – a última delas foi a alteração, em 18 de dezembro, na regra dos depósitos compulsórios (recursos que têm de ser mantidos na autoridade monetária).
Tais ações, somadas a vários leilões de dólares promovidos pelo BC (como as chamadas operações de "swap" cambial tradicionais e reversas), traduziram as tentativas do governo brasileiro em “administrar”, em ano de crise econômica internacional, um câmbio que, na teoria, segue o regime flutuante – pelo qual o preço do dólar oscila livremente, de acordo com o volume de compra e de venda da moeda no país. “Agora é sujo mesmo e bem administrado. Embora a gente saiba que a autoridade nunca admite isso. Ele tem que negar e praticar”, avalia Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora.
O dólar começou o ano em um patamar de R$ 1,85. Contudo, passou a cair e no dia 28 de fevereiro chegou a bater a mínima de 2012, a R$ 1,6988 para a venda no fechamento. Foi nessa época que a presidente Dilma Rousseff criticou a ação dos países desenvolvidos em relação à crise financeira internacional e