Politica Cambial
1.1 CONCEITO
A maioria dos autores praticamente define taxa de câmbio como sendo o preço de uma moeda em relação à outra. Alguns a definem como sendo “o número de unidades de moeda nacional necessário para comprar uma unidade de moeda estrangeira”, sendo que esta permite que preços expressos em moedas nacionais diferentes sejam expressos numa mesma unidade de conta.
A taxa de câmbio é determinada no mercado de câmbio, um mercado onde bancos do mundo inteiro compram e vendem divisas para seus clientes, sendo este dividido em mercado à vista ou a termo. No mercado à vista, as divisas são trocadas no ato, ao preço determinado, enquanto no mercado a termo o preço é fixado para entrega futura. Os principais compradores de divisas no mercado a termo objetivam evitar riscos de variação na taxa de câmbio. É nesse mercado que agem os especuladores, cujo objetivo fundamental é obter lucro com a operação cambial mediante determinado risco.
1.2 REGIMES CAMBIAIS
Os formuladores de política econômica devem escolher o regime cambial adequado para a realização dos objetivos de suas políticas. Esses regimes podem ser fixos ou flutuantes e dependem das condições macroeconômicas dos países que os adotam.
1.2.1 Regime Cambial Flutuante
Num regime cambial de taxas flexíveis ou flutuantes, os bancos centrais permitem que a taxa de câmbio ajuste-se de forma a equacionar a oferta e a demanda por moeda estrangeira através das forças de mercado.
Dentro do sistema de taxas de câmbio flexíveis pode-se ter dois tipos de flutuações: livres ou limpas e dirigidas ou sujas. Quando a autoridade monetária se omite completamente e não intervém de modo algum no mercado cambial, permitindo que as taxas de câmbio sejam determinadas livremente pelo mercado de divisas, têm-se a chamada flutuação livre ou limpa. Nesse caso, as transações com reservas oficiais são iguais à zero. Isso significa que saldo do balanço de pagamentos também seria zero, pois as taxas de câmbio