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Publicado por Daniel às 13/02/2014 em Atualidades | 17 Comentários
Recentemente o jornal A Folha de São Paulo publicou um artigo acompanhado deste gráfico.
O primeiro dado que salta aos olhos é o tamanho da desigualdade no nosso país, que tem desde razões históricas muito arraigadas até razões mais recentes. As explicações são muitas, mas os números são impressionantes e explicam (ou ajudam a entender) muitos dos nossos problemas e, em especial, nossa violência.
Segundo dados que consegui através da grande mídia, somos o 4o país mais desigual da América Latina e o 12o mais desigual do mundo.
As vezes, como professores, recebemos olhares tortos quando falamos que as salas de aula com as quais trabalhamos (em colégios particulares, nesse caso) são uma “bolha”. Sabemos disso por conta de outros trabalhos e projetos com os quais estamos ou já estivemos envolvidos. O comentário é visto como um ataque pessoal, “lição de moral”, quando não é essa a intenção. São uma bolha sim, a realidade da nossa classe média/média alta simplesmente não é a realidade do resto do país. Mas, quando se vive nos mesmos ambientes “selecionados”, perde-se a visão do todo. Toma-se a própria realidade como universal.
Ainda sobre o gráfico: pobreza não gera violência, desigualdade social sim. Este ponto é essencial.
Extremos:
- Marrocos, um país que fica situado em torno da 140a posição no IDH (com pequenas variações a cada levantamento). Um índice aparentemente terrível (e é mesmo), mas não há assaltos, violência urbana de origem econômica e nada assim. Digo isso (eu, Daniel) por experiência própria. Ao todo, já passei algo como 50 dias no país, conversei com as pessoas (nativos, turistas e estrangeiros residentes) e observei muito. Andei com minha câmera nas ruas das pequenas e grandes cidades de madrugada e, nessas caminhadas, vi mães com carrinhos de bebê e senhoras de idade. Para mim, é um termômetro da segurança. Não notei qualquer atitude