Politicas
A Análise da Política proposta por Ball
Atualizado em 27 de agosto de 2011
Mônica de Rezende
Tatiana Wargas de Faria Baptista
Se ao invés de pensarmos a formação da agenda, a formulação, a implementação, e a avaliação como fases ou etapas de uma política pública, as pensássemos como processos integrantes dessa política, como faríamos para analisar a política? Que recorte daríamos para viabilizar um estudo coerente com um mínimo de completude em si mesmo? Como faríamos para determinar que momento ou aspecto da política deveríamos analisar?
Se não acreditamos que a política funciona de uma forma organizada, estruturada em etapas, em que uma vez definida a agenda e formulada a política ela está pronta para ser implementada e gerar os resultados esperados… Se acreditamos que a implementação não se caracteriza como uma fase posterior à formulação, que aplica uma política pronta à realidade, mas sim como um processo de interação entre os diversos grupos de interesses, mediado pelas institucionalidades e pelas questões colocadas pelo contexto da prática, que reformula permanentemente a própria política… Se vemos a avaliação não como um processo de atribuir valor a uma determinada política, apenas para decidir sobre sua continuidade ou não, mas a entendemos como um elemento importante de auto-reflexão daqueles que atuam na política sobre suas ações, desde o princípio da trajetória da política… Então, como poderemos desenvolver estudos sem nos fecharmos nos diversos modelos e métodos de análise propostos para cada uma destas fases/etapas? Como escapar desta fragmentação e ao mesmo tempo conseguir construir estudos coesos e rigorosos metodologicamente falando, capazes de contribuir para o debate a respeito de uma determinada política?
Essas são questões com as quais nos deparamos ao longo do nosso