Politicas educativas
POLÍTICA EDUCATIVA, INTRODUÇÃO AO CONCEITO
A dicotomia antiga, bem explorada por Hannah Arendt, entre político e social, mais especificamente explorada na dicotomia público/privada, foi sendo ultrapassada, e isto partindo da modernidade. A política educativa insurge -se como num espaço de comunicação, que se dá entre as mais diversas esferas, e deve conceber-se, como apoiará António Nóvoa, num espaço público, que na sua diversidade consiga minimizar a carga burocrática.
Uma análise esclarecedora do conceito de política educativa, tem que, incontornavelmente, passar por uma análise histórica e faseada. António
Nóvoa, no seu texto Educación 2021: Para una historia del futuro, tem em conta os passos mais importantes, que foram sendo tomados ao longo do tempo, analisando o passado e vislumbrando o futuro. Em relação ao futuro, uma análise da educação não se pode basear, única e exclusi vamente, nos marcos do passado. Dado que, como nos diz o próprio António Nóvoa,
“Precisamos de vistas largas, (…) compreender de que modo o passado está inscrito na nossa experiência actual e de que modo o futuro se insinua já na história presente.”1 Analisar-se-á, deste modo, uma transição passado – futuro, qual flecha da política educativa lançada no fluxo temporal. Assinalando marcos temporais de extrema impo rtância, e, assim, partindo para uma análise do futuro.
António Nóvoa refere a década de 1870, como um marco de modelização, um período onde se assiste à consolidação do modelo escolar.
Esta consolidação perdura ao longo dos tempos, e de um modo flagrante a encontramos na actualidade. Em relação a este movimento poder-se-ia dizer que é considerado, ainda nos dias que correm, o melhor dos mundos possíveis. O modelo escolar estende-se desde a infância ao final de, e atenção a este ponto, uma escolaridade obrigatória. Este modelo assume -se como central na sociedade contemporâne a, dada a sua