Politica
Frente: 01
Aula: 01
AL220107
AS INVASÕES EUROPÉIAS
É muito difícil calcular a população que vivia no Brasil na época da invasão européia. Só na Amazónia, que se estende pelo Peru Colômbia, Venezuela e Bolívia, viviam mais de uma centena de povos que falavam línguas diversas e tinham costumes diferentes. Eram tão numerosos que os primeiros europeus não se cansavam de admirar a quantidade de aldeias encontradas à beira dos rios. Carvajal, um frade que acompanhou a expedição de exploração do Amazonas comandada pelo espanhol Francisco de Orellana, em 1542, deixou registrado seu assombro: "Se tombar aqui uma agulha, ela cairá na cabeça de um índio".
Calcula-se que só na Amazónia viviam nada menos que
2 milhões de indivíduos, e no restante do atual território brasileiro, um milhão e meio, o que perfaz um total de 3 milhões e meio de indiví-duos. Um número muito grande se o compararmos com as populações das nações europeias da época, como Portugal, que tinha apenas um milhão de habitantes. A MORTE E O DESPOVOAMENTO NAS
AMÉRÍCAS
Na América espanhola, um número imenso de indígenas foi morto logo após a invasão europeia. No México, dos 25 milhões de habitantes que havia em 1519, cem anos depois só restavam 750 mil. A ilha onde Cristóvão Colombo chegou, em 1492 — hoje República Dominicana e Haiti —, possuía 100 mil habitantes, dos quais apenas trezentos sobreviveram após um século de massacres.
Com isso podemos dizer que o genocídio dos povos indígenas praticado na América, e que dura até hoje, foi um dos maiores crimes cometidos na história da humanidade.
Neste lado do Atlântico, o genocídio talvez tenha sido menos divulgado, mas o resultado não foi muito diferente: dos
3,5 milhões de indígenas (alguns pesquisadores afirmam terem sido 5 milhões) que viviam aqui no ano de 1500, restam hoje apenas uns 380 mil, espalhados em pequenos grupos pelo
território