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Se os vereadores municipais fossem consultados antes do lançamento dos grandes planos federais de educação, saúde, habitação e promoção social, uma coisa é certa: haveria menos fracassos a lamentar e boa economia de dinheiro e tempo.
Por que? Por conhecerem em profundidade a situação dos distritos, bairros, ruas e estar em contacto direto com os cidadãos, sabem o que eles desejam e as famílias precisam.
O Governo Federal, que gasta fortunas com institutos de pesquisas de opinião pública, deixa de ouvir e aconselhar-se com os vereadores. Despreza quem tem as melhores informações sobre os problemas das suas cidades e mandato político para representar seu povo.
Esse desinteresse pela opinião dos vereadores não é somente uma falha dos governos. Também os partidos cometem o erro de não ouvirem seus vereadores para orientar as votações das suas bancadas no plenário e nas comissões técnicas da Câmara e do Senado.
O vereador é o primeiro elo da corrente política. Se não é ouvido nem cheirado, como as lideranças estaduais e a direção nacional dos partidos podem saber, no dia a dia, o que pensam os eleitores? Por isso, os partidos políticos brasileiros estão tão longe da opinião pública e somente aparecem em tempo de eleição.
VEREADORES não são cabos eleitorais, como costumam ser tratados até por seus próprios partidos, que só lembram deles em véspera de eleição. Vereadores têm mandato popular e, em função disso, qualificam-se para o papel duplo de informar sobre o que pensam as bases e transmitir a essas bases as opiniões e orientações dos partidos. Quando o partido chega ao governo, os vereadores devem se tornar os melhores conselheiros informais para a tomada de decisões sobre a localização de obras e serviços públicos nos seus respectivos municípios. Eles são insubstituíveis pelo fato de estarem em contacto diário e direto com o povo, seja nas capitais (onde mesmo com a concorrência direta dos deputados e governadores, conseguem ir mais longe