politica e educação

A sociedade que pretenda uma educação para a formação dos indivíduos comprometidos com a construção de uma nova sociedade precisa desenvolver atividades que incentivem a participação nas lutas sociais, que estejam articuladas com a transformação da sociedade e não apenas com a cidadania. Segundo Marx, as ideias só transformam a mente das pessoas, para transformar a realidade, é preciso muito mais, é preciso atitude, ousadia, iniciativa e ações práticas e concretas.
Abordar os problemas educacionais é uma tarefa bastante complexa. Quando levantamos questionamentos sobre a desintegração cultural brasileira, fica evidente que a classe trabalhadora fica privada, não do direito de pensar, que exercem constantemente e em natural sentido reivindicatório, mas do direito de ver reconhecidos como expressão da cultura as ideias que elaboram. A cultura consiste em sua essência no processo de produção, conservação e reprodução de instrumentos, ideias e técnicas. As conquistas culturais resultam de toda a sociedade, mas como dito, nem todos participam da sua fruição.
A escola tal como é constituída, mostram reflexo da organização social. Dois terços da população em idade escolar obrigatória, somando os não matriculados, os repetentes e a evasão escolar, são excluídos da escola elementar. A alta evasão escolar mostra que a escola primaria não consegue fazer-se necessária a população brasileira.
Qualidade social da educação não deve ser entendida apenas como diminuição da evasão e da repetência, mas sim a condição de exercício da cidadania que a escola deve promover. Consiste em desenvolver o espirito de iniciativa, a autonomia para tomar decisões, a capacidade de desenvolver problemas com criatividade e competência critica. Onde todos estejam ativos na vida social e politica do pais e a escola seja mediadora desse aprendizado, não servindo apenas para ensinar a ler, a contar e a escrever. Apesar dessas habilidades serem importantes, não são suficientes para a formação humana e