Politica: Uma brevíssima introdução
Nesse contexto, nem só de reis e monarcas viveu a história, mas também de sátrapas, de plebe e principalmente de “amigos do rei”. Nesse sentido, delimitar a história como construção dos monarcas é em certo sentido, menosprezar a luta da plebe por melhores condições de existência e demonstrar equívoco com a própria construção da sociedade existente.
Não obstante, a definição de despotismo utilizada pelo autor, nos remete a uma fonte inesgotável de interpretações. De acordo com a visão do autor, “despotismo é uma categoria onde cabe toda sorte de trastes, com uma ampla variedade”[1]. Dessa forma, percebe-se nas palavras utilizadas pelo autor a ausência de um conteúdo substancial ao termo. Nesse sentido, a definição proposta por Noberto Bobbio, nos remete a uma delimitação do conceito apresentando ampliações significativas para uma dissertação sobre o tema. Segundo Bobbio, o “despotismo indica uma forma de Governo diferente das outras com que no discurso polemicamente genérico se confunde. Despotismo, ditadura, autocracia têm de comum serem formas de governo em que o detentor do poder o exerce sem limites de leis naturais, consuetudinárias, impostas por órgãos ad hoc., isto é detém um poder absoluto, ou legibus solutus, e arbitrário, ou exclusivamente dependente da própria vontade”.[2]
De certa forma, mesmo que se considere o despotismo como uma forma de governo que se caracteriza e se baseia na vontade de um monarca, ele não se aplica sobre o nada, sobre o vazio. Por conseguinte, há de se considerar a existência de Instituições do Estado, como por exemplo a Igreja