Politica social
Ao longo da história o Estado tem se apropriado não só da prática assistencial como expressão de benemerência, como também incentiva e direciona os esforços de solidariedade na sociedade. São relações tão antigas, contudo até os dias atuais se constituem como formas de intervenção junto aos desvalidos, numa substituição aos direitos sociais pelas práticas caridosas e filantrópicas, tendo a miséria e a pobreza um caráter natural, não sendo compreendidas como resultados do acesso desigual a riquezas produzidas, como expressões da questão social. Portanto fez-se necessário reconhecer a política de assistência social como um dever do Estado. De acordo com Carniello et al (2009, p.1):
No mundo, o surgimento da Política Social no século XIX, teve um caráter de estratégia governamental na regulação do Estado com a Sociedade Civil, visando fins econômicos, políticos e sociais. Deu-se no Liberalismo através da liberdade de mercado, conhecida como laissez faire, durante a passagem histórica para o Estado Interventor. Após a crise econômica de 1929, no ano de 1932, John Keynes propôs o New Deal, uma espécie de novo acordo, através da política do pleno emprego e o investimento do Estado em políticas sociais dando maiores condições à população para comprar produtos. Em 1942, com o relatório de Beveridge, na Inglaterra, houve uma reformulação do Sistema de Proteção Social que foi um grande marco para os países de Capitalismo avançado.
Dos anos 1930 aos 1960, os países capitalistas desenvolvidos adotaram o welfare state, que fomentava a idéia de que o Estado poderia intervir na questão social. Em 1970 com a nova crise do capital resultante da queda da taxa média de lucro, o que causou mudanças no compromisso entre o capital social privado e os direitos sociais atendidos pelas políticas sociais para amenizar a desigualdade. De acordo com Damásio (2009, p. 15):
Desde o século XVII, a filantropia e