Politica na história
De certa forma, a política surgiu para garantir a estabilidade social. O agente máximo que garante essa estabilidade é o Estado. O poder político, exercido pelo mesmo, está diretamente relacionado ao direito de coerção e uso legítimo da força física. Assim, para garantir os interesses da sociedade em geral, o Estado pode, de forma única, utilizar a forma coercitiva.
Antiguidade
Até meados do século VIII a.C. a Monarquia era a forma de governo em Atenas, porém o rei permitiu que os representantes da aristocracia tomassem o seu trono. A partir daí foi adotada a Democracia como forma de organização política, na qual instituía que os cidadãos tinham o direito de participar de discussões e decisões à respeito de temas políticos da cidade-Estado (Pólis). Mas para tornarem-se bons críticos quanto a isso, necessitavam da educação política, cujo tema interessou pensadores como Platão e Aristóteles.
Sendo assim, a democracia ateniense era direta já que cada cidadão tinha o direito ao voto e ao debate sobre questões políticas em assembleias, as quais ocorriam em praças públicas. Apesar disso, o povo possuía limitações, pois só uma parcela da população masculina era reconhecida como cidadã, o restante – escravos, mulheres, jovens menores de 21 anos, metecos (estrangeiros) – não tinha direitos políticos. Mas para aquele que pudesse atuar nas assembleias, existia um método de ensino empregado pelos sofistas com o objetivo de aprimorar o poder de argumentação, útil para driblar as teses dos adversários e convencer as pessoas.
Platão propôs que o indivíduo possui três almas e cada uma delas está associada com a sua ocupação na sociedade: alma concupiscente (artesãos, agricultores, escravos, etc.), irascível (soldados), racional (governantes). No entanto, para se ter conhecimento de qual grupo social deve-se participar, o cidadão desde a sua infância poderia ter acesso à educação, passando por processos de seleção, ao longo dos quais seriam