História política
Francisco Falcon estabelece uma relação muito inteligente entre História e poder. Em seu discurso ele diz que História e poder são como irmãos siameses, sendo muito complicado conseguirmos ver um sem notar a interferência ou presença do outro.
Compondo o que Francisco Falcon chamou de História Política Tradicional e que pretendia representar a memória. A narrativa da história foi transformada em memória oficial ensinada nas escolas. Em termos historiográficos, o romantismo trouxe algumas novas posições e a revitalização de outras, como a valorização do Estado Nacional e do povo, introduzindo neste panorama o nacionalismo, com o rigorismo erudito e o entendimento historicista da história como o singular coletivo. Assim a historiografia passou a evocar o passado, ativando recordações regidas por uma temporalidade linear, ordenando os acontecimentos de forma que as pessoas se lembrassem apenas dos fatos e eventos que interessam aos grupos hegemônicos. Esta abordagem política tornou o Estado o principal foco de atenção dos historiadores, fazendo figurar na historiografia a vida de monarcas, generais, noções gerais sobre a legitimidade dos enunciados políticos.
Neste contexto o passado converteu-se em ferramenta utilizada para legitimar as ações do presente, isto porque a seleção das fontes conferiu aos documentos um alcance político e ideológico,