Politica em serviço social
A presente reflexão trata de questões pertinentes ao cotidiano profissional, com base especialmente nos Princípios Fundamentais do Código de Ética Profissional do Assistente Social e na observação de que "O Código de Ética nos indica um rumo político, um horizonte para o exercício profissional. O desafio é a materialização dos princípios políticos na cotidianidade do trabalho, evitando que se transformem em indicativos abstratos, descolados do processo social".
Na atual conjuntura brasileira, podemos apontar o avanço da globalização, as transformações no mundo do trabalho; a exploração da força de trabalho; a extrema concentração de renda na mão de um pequeno grupo, em detrimento de uma crescente parcela da população à margem dos seus direitos de proteção; o desemprego; a prostituição infantil; a falta de moradia, de escolas, de assistência à saúde; o medo; as drogas; as várias formas de discriminação; a criminalidade, que anuncia o limite da constituição da pobreza, como alguns dos desafios que o Assistente Social enfrenta no seu cotidiano profissional, que o leva a questionar como concretizar o projeto político que norteia sua atuação.
Como construir um projeto de profissão baseado na igualdade, liberdade, dignidade, garantias de direitos, ampliação e consolidação da cidadania, defesa da democracia, eliminação de preconceitos, numa sociedade tão desigual. Creio que não seja somente um desafio nosso Assistente Social, mais sim de todos nós.
Se a liberdade é o fundamento da Política, a moral é uma expressão do agir ético, para pensar em liberdade o indivíduo precisa sair do cotidiano, que é individualista, voltado para o eu, e partir para a atuação ética, baseada em escolhas e rupturas, voltadas para um projeto de sociedade e uma escolha consciente.
Se liberdade refere-se a condições concretas, podemos afirmar que no nosso cotidiano profissional, a luta pela liberdade concreta está em criar condições objetivas para escolher