politica de joão ubaldo ribeiro
A política está relacionada com o exercício do poder. No titulo, Ubaldo faz três perguntas “Quem manda? Por que manda? Como manda?” e ao decorrer do livro ele vai explicando esse assunto que interessa a todos e aos poucos desvendando conceitos considerados fundamentais da sociedade e do Estado.
É evidente, que o ato político possui dois aspectos: o interesse e a decisão. Desta forma, a política passa a ser entendida como um processo onde interesses são transformados em objetivos e estes são levados à formulação e tomada de decisões. A política passa a ser encarada, como o estudo e a prática da canalização de interesses, almejando decisões.
Uma forma de exemplificar o exercício do poder é quando mantemos preconceitos contra nosso semelhante. A existência de preconceitos não é natural. O homem não nasce com preconceitos. Ele os aprende socialmente e ao aprendê-los, seu comportamento está sendo influenciado, desta forma, está sendo submetido a uma forma de poder.
Outra concepção equivocada que é esclarecida no livro, é o fato de algumas pessoas se julgarem “apolíticas”. Quando estamos pensando em cuidar de nossa vida apenas, sendo “apolíticos”, na verdade estamos somente com a vista curta ou então somos comodistas, não achando que as coisas estão ruins assim, para que procuremos fazer algo para mudá-las. O termo apolítico é utilizado de uma maneira equivocada, como significado de ausência política, quando na realidade deveria ser falta de consciência ou de papel político. Portanto, não há apolíticos, mas sim, pessoas que são insensíveis aos anseios da coletividade ou à vida em comum, pois, política é referida como tudo que se passa na vida do homem. Inclusive, se não fizermos nada para mudar uma situação ruim, estaremos sendo políticos.
Outro tema abordado é a questão da violência praticada pelo Estado. Este que representa o interesse público, detém o monopólio da violência para a manutenção do interesse