Outrização
[Inserção de vídeo] [Imagens de João Ubaldo Ribeiro, da Bahia e de seus livros. Narração de Valéria Grillo]
Baiano, barroco, quase sempre de bermudas e sandálias. Dividido entre o trabalho e a preguiça. Nascido na Ilha de Itaparica em 1941, João Ubaldo Ribeiro é considerado um dos nomes mais importantes da literatura brasileira contemporânea. Ainda adolescente, editou revistas e jornais culturais ao lado do amigo e futuro cineasta Glauber Rocha. “Sou um jornalista dos tempos heróicos”, diz o escritor. Aos 21 anos, estreou na literatura com o livro Setembro não tem sentido. Em 1971, publicou Sargento Getúlio, que se tornou um marco do moderno romance brasileiro, com seu forte tempero regionalista. Sargento Getúlio foi adaptado para as telas por Hermano Penna [cineasta baiano que recebeu importantes prêmios, como o de melhor filme em Gramado para Sargento Getúlio, melhor filme no III RioCine para Fronteira das almas e melhor direção no Festival de Locarno (na Suíça), dividido com Spike Lee], e o papel principal foi feito por Lima Duarte [(1930-), renomado ator brasileiro com atuações em vários papéis marcantes em filmes e telenovelas - ver entrevista com Lima Duarte no Roda Viva]. Com Viva o povo brasileiro, de 1984, João Ubaldo conquistou o seu segundo prêmio Jabuti [lançado em 1959, é o mais importante e tradicional prêmio literário do Brasil]. O romance percorre quatro séculos da história do Brasil, num estilo barroco e fantástico. Entre outras obras, João Ubaldo também publicou O sorriso do lagarto, A casa dos budas ditosos e a