Politica comparada
A distinção entre diferentes métodos comparativos deve ser vista como uma função da pesquisa, o tempo e os recursos do pesquisador, o método com que este está confortável, bem como a posição epistemológica ele adota. Diferentes questões de pesquisa requerem diferentes métodos. O tempo e recursos dos pesquisadores estão constantemente limitados, o que limita o número de países que pode ser pesquisado em um projecto. Alguns pesquisadores estão confortáveis a utilizar métodos quantitativos, enquanto outros não. Alguns desfrutam grandes comparações enquanto outros se preocupam em procurar os pequenos detalhes. Assim, pesquisadores que aderem à teoria dedutiva podem utilizar diferentes métodos daqueles que adoptaram a teoria indutiva. Aqueles que procuram generalizações mais universais podem utilizar métodos diferentes daqueles que procuram níveis de contextualização mais especializados. A principal diferença que distingue os diferentes métodos comparativos depende da relação entre o nível de abstracção e o número de países a estudar. No geral, quanto maior o nível de abstracção, mais potencial existe para a inclusão de um maior número de países no estudo. Focar-se em um país significa que o pesquisador pode utilizar menos conceitos abstractos. Lijphart chama de análise estatística a comparação de muitos países, enquanto a comparação de poucos países chama de método comparativo. Apesar de tudo, os três métodos são comparativos. Pode dizer-se ainda que comparar muitos países adquire o nome de comparação “large-n” e comparar poucos países tem o nome de comparação “small-n”.
2.1. Metodologia
A Política Comparada não se baseia em um método específico por quatro motivos: 1. Dependendo do número de casos incluídos na análise, dos tipos de informação e do período de tempo em questão o método utilizado é diferente. Assim, pode-se dizer o método de procura depende da questão a procurar. Primeiro encontra-se o problema e formula-se a questão;