Políticas comparadas
Sartori inicia seu texto através de três questionamentos básicos: a) Porque comparar? ; b) O que comparar? ; c) Como comparar? A comparação é um forte instrumento (ou método) de controle das generalizações, porém não é o único disponível; os outros instrumentos de verificação são: método experimental, estatístico, comparativo e método histórico. Em se tratando de ciência política o método comparativo é mais eficaz, já que sua aplicação é horizontal e em termos sincrônicos, o que possibilita uma análise mais ampla e detalhada, abordando problemas não solucionáveis estatisticamente. O que pode ser comparado está associado a semelhanças ou diferenças extraídas de um grupo, classe, etc. A partir disso são introduzidas as problemáticas a respeito do que é comparável, como os excessos de semelhanças ou de diferenças; isso ocorre principalmente quando falamos sobre a comparação global ( problemas em adquirir conceitos capazes de atravessar as barreiras ocidentais), é necessário a criação de conceitos universais que possuam validade em qualquer espaço e tempo para garantir sua verificação de forma completa. É importante observar quanto a formação desses conceitos as quantificações e as qualificações (classificações das características ), que determinam inclusive o método utilizado para a analise em ciência política. A formação dos conceitos vem antes da quantificação, condicionando-a, sendo que as matérias-primas da quantificação não podem ser dadas apenas através de números (podem ser características comparadas). Independente se a informação é qualitativa ou quantitativa, é necessário fazer uma classificação que permita a separação de dados e a investigação de cada um. Temos que prestar atenção no sentido que damos ao que é classificado para se fazer uma análise empírica e interpretativa, uma classificação não é simplesmente uma relação de termos, é necessário a utilização