Polimorfismo genetico
As famílias 1, 2 e 3 do citocromo P450 são ativos no metabolismo de uma grande variedade de xenobióticos, embora alguns também metabolizem compostos endógenos, tais como os esteroides, hormônios e ácido araquidônico (Gonzales, 1992). Quase 50% de todos os citocromos P450 humano pertence a qualquer um desses três famílias, embora as funções catalíticas de muitas destas enzimas permanecem ainda indeterminadas. Os citocromos P450 desempenham um papel importante no metabolismo de vários carcinógenos químicos.
Família CYP1
Esta família é constituída por genes CYP1A1, CYP1A2 e CYP1B1. Elas são ativadas por hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs), mas existem entre elas varações de nível e de especificidade de célula.
CYP1A1 é a principal fração extra-hepático de P450. O gene CYP1A1 codifica uma enzima hidrolase com hidrocarboneto aromático (HHA), tendo receptor em muitos tecidos como pulmão, linfócitos, glândulas, mama e placenta (Santiago, 2002). Esta enzima só é expressa no tecido pulmonar quando é induzida pela ação de hidrocarbonetos aromáticos presentes na fumaça do tabaco. A enzima inicia o processo de oxidação transformando os agentes carcinogênicos iniciais que serão catalisados por epoxidação. O polimorfismo dá origem a dois alelos. O mais frequente é chamado de m1 com uma lisina (K) posição 462 da proteína, e outra mutante m2 com uma valina
(V) nessa mesma posição. A enzima CYP1A1 (V) aumenta a atividade do CYP1A1 (K) de modo que o alelo m2 pode aumentar o risco pulmão de desenvolver câncer.
A enzima CYP1A2 é +virtualmente exclusiva do fígado, sendo cerca de 13% do conteúdo hepática total CYP41. O CYP ativa HPAs, nitrosaminas, aflatoxina B1 e especialmente arilaminas gerando compostos que se unem a DNA provocando mutações. A sua expressão é induzida por fumo, carne carbonizada, alguns vegetais, omeprazol e rifanpimicina. Existem seis variáveis alélicas do gene CYP1A2.
O CYP1A2 é