Primeiras aldeias
Dessa forma, a transformação promovida pela revolução agrícola veio acompanhada da formação das primeiras aldeias neolíticas. Entre 8.000 e 6.000 a.C., esse agrupamentos humanos numerosos haviam se espalhado na região sul da Europa, no norte da África e no sudoeste da Ásia. Toda a região do chamado Crescente Fértil se transformou na principal localização de grupos que apresentavam formas mais complexas de orientar suas relações e práticas cotidianas.
Em geral, a maioria dos integrantes da aldeia possuía um grau de parentesco entre si, tendo em vista que algumas poucas famílias extensas formavam o conjunto da comunidade. Também conhecidas como clãs, essas famílias se juntavam a outras para a formação de uma sociedade tribal. Nesse estágio, ainda não poderíamos citar a presença de um poder político superior, pois as principais decisões eram deixadas a cargo do membro mais velho de cada família.
Tempos mais tarde, a organização seria delegada à figura de um patriarca, que, por meio da escolha feita entre os principais líderes da aldeia, deveria ordenar as questões de cunho religioso, político e militar. As atividades exercidas eram inicialmente realizadas por todos, não havendo outras distinções que organizassem o papel de cada indivíduo na comunidade. Em determinados casos, essa divisão recaía somente sobre as incumbências permitidas aos homens e às mulheres.
O tipo de trabalho desempenhado ainda não havia se tornado um elemento de distinção social. A obrigação de cultivar os campos, regular as enchentes,