Policia - Discutindo a Obediência
A Policia militar tem seu surgimento ainda no império, criada à partir da vinda da família real. Sua principal função é manter a ordem publica. Mas num deparamos com algo contraditório quando vemos relatos de pessoas que sofreram por força policial, ao meu ver existe uma cultura de autoritarismo impregnada na instituição, talvez seja por politicas de atuação ainda remanescentes da ditadura, mas se trata apenas de um palpite, não entrarei nessa discussão, o que iremos de fato trabalhar nesse texto é o abandono do ‘Eu ‘ a serviço de uma ‘autoridade’ , que o pesquisador Stanley Milgram chamou de Estado Agente. Na condição de agentes em um experimento, indivíduos deixam de ser agentes morais em uma sociedade para se tornarem agentes obedientes em uma hierarquia. E aplicado ao contexto de ordem social a situação de agente não difere do experimento.
Homens colocam sua moral encoberta por uma farda e adotam princípios e regras institucionais regimentas por um sistema hierárquico que dita comportamentos sem a circunstancia do questionamento. Segundo Milgram existe uma negação da responsabilidade como forma de aliviar a tensão, e temos também os fatores de sustentação que são os mecanismos responsáveis por garantir a estabilidade mínima da condição de obediência. Observamos esses fatores de sustentação em diversos símbolos esculpidos em trajes oficiais da policia militar de forma á demarcar posição hierárquica dentre outros reforçadores como bate continência (reforçador de hierarquia), observamos também uma doutrina rígida sem espaço para questionamentos, e tantas outras ações de regulação da autoridade.
Então quando encontramos casos horrendos como o relato da mãe que perde o filho assassinado por policiais, podemos enxergar uma postura “contra-antropomorfismo” onde desconsideram o elemento humano e assim aliviam uma tensão moral durante uma ação truculenta com a única finalidade de cumprir uma ordem.
Dessa forma podemos dizer que