POL TICAS DE EDUCA O E ASSIST NCIA
No Brasil, durante muito tempo, a educação de zero a seis anos restringiu-se aos cuidados domésticos no interior da família. A criança institucionalizada era aquela que havia sido abandonada pela família na Roda dos Expostos ou nos Asilos de Órfãos. No entanto, o fenômeno do atendimento à criança, que permanecia na família, em instituições de cuidado e educação que foram surgindo e tomando forma de acordo com as mudanças ocorridas no contexto sócio-histórico do país. Muitas modalidades de atendimento que foram aparecendo ao longo da história da Educação Infantil hoje convivem simultaneamente, ou seja, coexistem no mesmo tempo histórico, conservando suas características iniciais ou incorporando diferentes concepções, métodos e práticas.
Até 1930... Schultz (1995), falando um pouco desta história, escreve que até a década de trinta (30), o atendimento à criança menor de sete anos, que permanece junto a sua família, no Brasil, caracterizava-se por duas diferentes modalidades: a educação nos jardins da infância desenvolvido especialmente em instituições particulares para as crianças das classes mais favorecidas socialmente e/ou a educação moral e higienista das creches assistenciais e filantrópicas para as crianças das classes populares.
A concepção de conhecimento, criança e desenvolvimento infantil destes dois tipos de atendimento diferiam significativamente.O ambiente, métodos e práticas do jardim da infância eram inspirados na teoria e nos métodos de Froebel, que como já descrevemos anteriormente, acreditava que a educação visa o desenvolvimento das potencialidades infantis. Potencialidades estas inatas e inerentes a natureza infantil. Deste modo, a criança quando nasce já possui em si, de forma latente, essas potencialidades que só desabrocharão na medida em que encontrarem um ambiente propício e uma interferência adequada de pais e