os contos de fadas exercem um poder místico em nosso imaginário. todo amor tem (ou parece ter) um quê de conto de fadas. todo homem quer ser príncipe de alguém, e toda mulher sonha em viver um amor de princesa. as vidas das cinderelas, brancas de neve, rapunzéis e de tantas outras parecem ser maravilhosas, quando o príncipe chega. mas o que se torna um príncipe e uma princesa depois do “felizes para sempre”. sejamos realistas: o tal do “felizes para sempre” é uma utopia. em algum momento, toda princesa de contos de fadas chora, perde, fica longe do que sonha… e na vida real não haveria de ser diferente. a felicidade pronta de gata borralheira só existe em conto de fadas. na vida real, as coisas se esvaem das mãos como pó de pirlimpimpim. nem sempre a felicidade chega da maneira que se quer. nem sempre a vida é tão fácil como deveria ser. no momento em que a valsa é mais bonita, o sino toca e a meia-noite te faz lembrar que a realidade não é tão linda quanto um encanto de fada-madrinha. aí é a hora em que a princesa se vê longe do sonho. felizmente, o sapatinho de cristal fica pra trás, e com ele a única coisa que pode aliviar o desespero que consome o coração: a esperança. e é ela que mostra que a vida de contos de fadas pode ser apenas ilusão, mas o final feliz não. a distância, os feitiços das bruxas más, as torres altas e as maçãs envenenadas existirão eternamente, mas ainda assim, o final feliz de cada princesa estará lá, junto ao amor do príncipe.