Poesia com onomatopéia
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Autor: The Cauldron
Data de publicação: 16.03.2005 23:01
Os mensageiros animais do Poder Oculto já não servem mais como nos tempos antigos para ensinar e guiar a humanidade. Hoje os ursos, leões, elefantes e gazelas estão em jaulas nos zoológicos. O homem não é mais um recém-chegado num mundo de florestas virgens; os vizinhos não são mais animais selvagens, mas sim outros humanos que lutam por espaços num planeta que gira em torno de uma estrela de fogo. Não vivemos mais no corpo nem no espírito no mundo dos caçadores da era paleolítica, mas devemos a eles: as suas vidas, a maneira de viver, a forma do nosso corpo e a estrutura da nossa mente. A lembrança dos mensageiros animais ainda deve continuar adormecida dentro de nós, pois ela desperta quando nos aventuramos numa região selvagem. Ela acorda aterrorizada quando ouvimos um trovão. E desperta com uma sensação de reconhecimento quando entramos nas grandes cavernas com pinturas rupestres. Quaisquer que fossem as trevas interiores onde os feiticeiros dessas cavernas devem existir dentro de nós e todas as noites nós as visitamos em sonhos.
(J. Campbell; "O Poder do Mito").
As pinturas rupestres deixadas por nossos ancestrais mostram como os caçadores dessas tribos primitivas eram influenciados pela natureza e por sentimentos religiosos para com os animais, pois dependiam deles para sua alimentação. Eles contavam histórias sobre eles e o mundo sobrenatural para onde parecia ir quando morriam. E os caçadores realizavam rituais para os espíritos dos animais que partiam, tentando convencê-los a voltar e serem sacrificados de novo.
Joseph Campbell dedicou sua vida ao estudo desses mitos e rituais. Para ele, não eram apenas histórias divertidas contadas em torno de antigas fogueiras, mas poderosos guias para a vida espiritual. Como pesquisador e professor, Campbell se interessou pelas peças
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