poemas de machados de assim
Em que melhor se beba O bálsamo do amor?
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Na coleção de 195
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Círculo Vicioso Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume: - Quem me dera que fosse aquela loura estrela, que arde no eterno azul, como uma eterna vela ! Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme: - Pudesse eu copiar o transparente lume, que, da grega coluna á gótica janela, contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela ! Mas a lua, fitando o sol, com azedume: - Misera ! tivesse eu aquela enorme, aquela claridade imortal, que toda a luz resume ! Mas o sol, inclinando a rutila capela: - Pesa-me esta brilhante aureola de nume...
Enfara-me esta azul e desmedida umbela... Porque não nasci eu um simples vaga-lume?
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Na coleção de 114
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No alto O poeta chegara ao alto da montanha, E quando ia a descer a vertente do oeste, Viu uma cousa estranha, Uma figura má. Então, volvendo o olhar ao subtil, ao celeste, Ao gracioso Ariel, que de baixo o acompanha, Num tom medroso e agreste Pergunta o que será. Como se perde no ar um som festivo e doce, Ou bem como se fosse Um pensamento vão, Ariel se desfez sem lhe dar mais resposta. Para descer a encosta
O outro lhe deu a mão.
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Na coleção de 31
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A uma senhora que me pediu versos Pensa em ti mesma, acharás Melhor poesia, Viveza, graça, alegria, Doçura e paz. Se já dei flores um dia, Quando rapaz, As que ora dou têm assaz Melancolia. Uma só das horas tuas Valem um mês
Das almas já ressequidas. Os sóis e as luas Creio bem que Deus os fez Para outras vidas.
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