poema com figura de linguagem
Não sei explicar como você entrou na minha vida, mas saiu tão rápido que nem pude desfrutar.
Quando percebi que estava amando tudo já estava perdido, não adiantava mas chorar.
“Todo o sangue derramado valerá a pena no final”, era o que você sempre dizia.
Eu sabia que a batalha valeria a pena se fosse para ficar ao seu lado, mas não valeu.
Hoje você não está mas aqui.
Me pergunto se valeu a pena se nem pude ver você ir.
As vezes sinto sua presença, parece que você nunca saiu daqui.
Se pudesse voltar no tempo, faria tudo outra vez, mas com a sua intensidade.
Faria como você fez, aproveitaria cada instante com simplicidade.
Mas que besteira, o tempo não volta.
O que passou ficou no passado.
Agora olha o que virou tudo aquilo, passado, nada mais que isso.
Me dói dizer que toda a culpa foi minha, saiba eu não queria acabar com tudo assim, mais o destino nos deixa escolhas e a mim ele deixou apenas uma.
Você sempre dizia que a batalha não poderia acabar assim, que preferia morrer a me deixar ir. E foi isso que eu fiz.
Lamento, só quero que pare de me assombrar com os fantasmas que eu sei que não existem.
Agora é certo que nem sempre a morte é a solução.
Com ela nada acaba só enterra lembranças e nos deixa saudades.
Lamento, quero que me deixe, o que eu fiz foi por nós e você sabe.
Ainda o quero, mas não tem volta. O pior castigo para quem ama é ver a pessoa amada sofrer e eu fiz o possível para que isso não acontecesse.
Acabei com todo o seu sofrimento.
Se você me entende por favor vá.
Mariana Alves.