Poder
Contudo, devemos perceber que o desejo de governar leva às pessoas ao comando, ou seja, ao poder. Assim política pode ser compreendida também como o local do poder: “poder fazer”, “poder exercer”, “poder agir”. Muitas vezes para conseguir “fazer”, “exercer” ou “agir”, os indivíduos devem ter a capacidade de convencer. Assim podemos dizer que política é também a “arte de convencimento”.
Para que alguém tenha a possibilidade de exercer o poder é necessário que ele tenha a força necessária para tanto. A força não e somente física como pode parecer, ela pode ser também, por exemplo, psíquica ou moral.
Assim a força diz respeito aos meios necessários para se influir no comportamento de outro indivíduo. A força pode ser, por exemplo, o charme de uma pessoa em um relacionamento, ou o carisma de um indivíduo em relações de amizade. O poder se faz valer por meio da força.
Contudo, o grande problema é que a força tende a se degenerar. Assim, é comum a força física se transformar em coerção, ou a força psíquica e moral podem se transformar em ideologia. Ou em outro exemplo no caso do amor, o medo da perda, o ciúme, o desejo de controle degeneram o poder e a força originários da atração amorosa e transformam a relação inicialmente voluntária em obrigação e constrangimento.
Estado e poder
Vimos que existem várias formas de poder e força, mas podemos dizer que a partir da Idade Moderna o Estado surgiu como o representando supremo do poder e do uso legítimo da força.
Por isso, o estado pode ser definido pela presença de um determinado aparato administrativo-burocrático e o monopólio legítimo da