Poder segundo Michel Foucault
O Michel Foucault estuda o poder na década de 70, fazendo uma auto crítica sobre o que ele idealizava ser poder. Ele reformula sua opinião dizendo que o poder está em todo o lugar, não dá para escapar dele. O contexto histórico vivido por Foucault para interpretar o ‘’poder’’ é na sociedade neoliberal. Na época, o ‘’poder’’ era visto como algo repressor. ‘’O que tem poder X O que não tem poder”. Metodologicamente, o poder que ele vai estudar de forma genealógica é: a força em relação a outra, enquanto substância.
O poder está em todo lugar (crítica metafísica), atinge a todos. Ele estuda sobre os poderes periféricos, poderes menores mas que tem a mesma importância. Para ele, o poder pode criar subjetividade, ou seja, pode construir um novo sujeito. O poder disciplinar quer transformar o indivíduo em corpo produtivo (novo sujeito). O poder é móvel. A análise do poder atinge fatalmente o Direito.
‘’Poder’’ para Foucault: a análise em termos de poder não deve postular a soberania do Estado, a forma da lei ou unidade global de dominação (formas terminais). Deve-se compreender o poder com as diversas forças de domínio que constitui sua organização.
Ex.: além da humanização das penas, houveram outras forças: população, juízes, capitalistas (O genealogista vê várias forças pois não há apenas uma direção. As forças estipulam o caminho. A lei, aparelhos estatais são contrárias a força.
O genealogista quer saber o processo. Periférico – poderes da periferia.
Genealogia – suporte móvel das correlações de força que, devido a desigualdade, induz etados de poder localizados e instáveis. O poder é também positivo: constrói indivíduos.
Invenção: correlação de força. Onipresença do poder: é constante, sempre circula (tudo que afeta é poder).
O poder se exerce (força em relação à outra)
É imanente (interno)
Vem também de baixo
É intencional e não subjetivo
Se modifica constantemente