Michel Foucault

10053 palavras 41 páginas
Michel Foucault
-Religião: A preocupação central de Foucault não foi religião, mas é possível inspirar-se nele para uma reflexão sobre o fenômeno religioso e suas práticas, seja nas relações de saber/poder ou nas questões de constituição dos sujeitos. Foucault nos faz entender que a modernidade investiu no poder, no controle, nas formas de dominação íntima e totalizante, produzindo o indivíduo, o corpo, o desejo, dizendo o que você é, o que você deve gostar, o que é errado, o que é normal, da religião à ciência. Para Foucault, foi nas antigas formas de conduta religiosa presentes na pastoral cristã que a governamentalidade moderna buscou inspiração. A religião para ele, porém, não fica relegada a uma prática doutrinária de códigos que visam à sujeição através de um discurso. Abre-se a possibilidade de, em determinados contextos históricos, a religião oferecer um aparato discursivo que promova uma prática antisubjetivante.
-Crime: A obra de Foucault que mais se aproxima da temática de crime é o livro “Vigiar e punir: nascimento da prisão”, publicado em 1975. Em resumo, a obra é dedicada à análise da vigilância e punição, que se encontram em diversas entidades estatais como prisões, escolas e hospitais. A partir dessa análise, Foucault muda a ideia amplamente aceita de que a prisão é uma forma humanista de cumprir pena, assinalando seis princípios sobre os quais assenta o novo poder de castigar: Regra da quantidade mínima, Regra da idealidade suficiente, Regra dos efeitos colaterais, Regra da incerteza perfeita, Regra da verdade comum e Regra da especificação ideal. A partir destas, o delinquente pode ser definido em oposição ao cidadão normal, primeiro como louco, depois como meliante, malvado e, finalmente, como anormal. Na parte do livro, intitulada de Prisão, Foucault sustenta a tese de que a prisão pertence a uma rede mais vasta, compreendendo escolas, instituições militares, hospitais e fabricas, que materializa uma sociedade “pan-óptica” para seus próprios

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