Michel Foucault
Paul-Michel Foucault nasceu em 15 de outubro de 1926 em Poitiers, no sul da França. Filho de Paul Foucault e Anna Malapert, frustrou as expectativas de seu pai, cirurgião e professor de anatomia, ao interessar-se por história e filosofia. Tendo vivido no contexto da Segunda Guerra Mundial, seu interesse pelas Ciências Humanas acabou sendo estimulado. Era um autodidata e adorava ler. Foi reprovado em sua primeira tentativa de entrar na Escola Normal Superior em Paris. Com isso, estudou, então, no Liceu, onde teve aulas com o famoso filósofo hegelianista Jean Hyppolite. Em 1946 conseguiu finalmente ingressar na Escola Normal Superior da França. Em 1948, graduou-se em Filosofia na Sorbonne e, no ano seguinte, obteve o diploma de Psicologia, coroando seus estudos filosóficos com uma tese sobre Hegel, orientado por Jean Hyppolite. Michel Foucault, em 1951, passou a ministrar aulas de psicologia na Escola Normal Superior. No ano de 1952 cursou o Instituto de Psychologie e obteve diploma de Psicologia Patológica, tornando-se assistente na Universidade de Lille. Foucault lecionou psicologia e filosofia em universidades na Alemanha, na Suécia, na Tunísia, nos Estados Unidos, entre outras. Escreveu para diversos jornais e trabalhou durante muito tempo como psicólogo em hospitais psiquiátricos e prisões. De 1970 a 1984, Michel ocupou o cargo de Professor de História dos Sistemas de Pensamento no Collége de France. Foucault foi sempre mentalmente inquieto, curioso e angustiado diante da existência, o que o levou a tentar o suicídio várias vezes. Não se auto considerava filósofo; chegou a afirmar, inclusive, que se tivesse que se auto nomear, ficaria terrivelmente embaraçado. Interessou-se principalmente pelas instituições, pelas condições de emergência dos saberes, dos poderes e dos discursos no ocidente e pelos processos postos em funcionamento que moldaram a era moderna. Politicamente, tentou se enquadrar no Partido Comunista Francês, mas essa