"Pode ser?": a transição de posicionamento da pepsi no brasil
Por Lucas Margotti
Na tentativa de aumentar o consumo de seu refrigerante no Brasil, a Pepsi tem trabalhado bastante para aumentar sua participação no mercado brasileiro, que é liderado pela Coca-Cola. A última postura adotada pela empresa está criando uma visão bilateral devido ao duplo sentido adotado pela campanha da empresa, em que tenta por meio da alternativa, oferecer algo melhor ao consumidor quando não há a primeira opção desejada pelo mesmo.
Acredito que é raro um estabelecimento não possuir Coca-Cola, mas caso não haja, a próxima opção seria oferecer a Pepsi. E consciente disso, a Pepsi vem tentando demonstrar que a alternativa pode ser melhor que a primeira opção. Assim, a marca convida as pessoas a experimentar algo que possa ser melhor e surpreendente para os consumidores. Mas no mercado brasileiro, essa promoção pode estar sendo considerada um fracasso pelos próprios consumidores. Essa campanha representou quatro anos de planejamento e pesquisa, segundo a AlmapBBDO e a Pepsi, na qual a empresa se reposiciona no mercado na tentativa de aumentar sua participação, que não é significativa quando comparada com a Coca-Cola.
Assim, qual o objetivo dessa mudança no posicionamento da Pepsi? Segundo Kotler (2006), "o posicionamento é a ação de projetar o produto e a imagem da empresa para ocupar um lugar diferenciado na mente do público-alvo, com o objetivo de posicionar a marca na mente dos consumidores a fim de maximizar a vantagem competitiva potencial da empresa. Assim, um bom posicionamento de marca ajuda a orientar a estratégia de marketing, esclarecendo a essência da marca, que objetivos ela ajuda o consumidor a alcançar e como o faz de maneira inconfundível. O resultado do posicionamento é a criação bem-sucedida de uma proposta de valor focada no cliente, ou seja, um motivo convincente pelo qual o mercado-alvo deve comprar determinado produto". De fato, a palavra posicionamento se