Pobreza, desigualdade

Pobreza, Desigualdade e Exclusão Social são temas objeto da atenção de organizações como o Banco Mundial e Organização das Nações Unidas - ONU, há várias décadas, sendo que até a década de 1970, acreditava-se que o crescimento econômico a taxas consideradas razoáveis (a partir de 5% a.a.), pura e simplesmente, iria resolver os problemas advindos desses temas, o que, efetivamente, não veio a ocorrer. A partir de então, perceberam, esses organismos, que o combate à DESIGUALDADE (e não à POBREZA em si) poderia ser mais eficaz se realizado através de políticas públicas de distribuição de renda, ao invés de políticas voltadas tão-somente ao crescimento econômico.

Com relação aos conceitos de POBREZA, DESIGUALDADE, EXCLUSÃO e CIDADANIA, tem-se que: POBREZA: Tradicionalmente, caracteriza-se pela "insuficiência de renda", a partir da utilização de indicadores como o PIB, a partir do foco em economias baseadas em trocas monetárias. O que não serve, via de regra, para caracterizá-la em todos os contextos, vez que em dadas sociedades/comunidades, o acesso a determinados bens, como os alimentos, por exemplo, pode ser dar pela produção própria ou a partir de trocas não monetárias. Caracteriza-se ainda pela existência de indivíduos ou famílias cujas rendas econtram-se situadas abaixo do valor considerado mínimo para a satisfação das necessidades essenciais com alimentação, moradia, vestuário. Alguns estudiosos e técnicos utilizam-se ainda de conceitos tais como "pobreza absoluta" ou "pobreza relativa", visto que, a partir da diversidade dos contextos socioculturais, a fixação dos custos das necessidades básicas não alimentares torna-se mais complexa e crivada de critérios ditos "relativos". No Brasil, em face da forte monetização da economia, o uso do conceito de "renda" na avaliação da Pobreza faz-se ainda bastante útil. Contudo, pode-se afirmar que a RENDA, por si só, não expressa a qualidade de vida de uma sociedade, vez que a POBREZA pode caracterizar-se pela situação de