PNAIC
Após firmarem um importante compromisso para a qualidade da educação básica no Brasil, professores, gestores e representantes de universidades e governos fazem um balanço do primeiro ano do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.
Cercado de expectativas, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) surgiu em 2012 como medida do governo federal para que todas as crianças estejam alfabetizadas até o final do terceiro ano do Ensino Fundamental, ou seja, até a idade de oito anos. Como metodologia, o programa previa ações voltadas para a formação de professores, distribuição de materiais, avaliações sistemáticas e mobilização social em prol da alfabetização.
Um ano depois de firmado o compromisso entre as esferas municipais, estaduais e federal, a ação adquire novos questionamentos: o que deu certo neste primeiro ano? Quais os ajustes necessários? O que esperar do futuro do programa?
Vejamos as respostas:
O que deu certo neste primeiro ano? Além de novos materiais didáticos de formação e do incremento para o uso de acervos de obras didáticas, literárias e de materiais complementares, o Pacto trouxe, desde o primeiro momento, a necessidade do trabalho em equipe entre todos os atores envolvidos – desde os educadores primários até as autoridades do Ministério da Educação. Trazendo ainda novas avaliações e propostas de otimização de desempenho, a novidade gerou desconfiança e houve muito professor preocupado com o que realmente mudaria na realidade da sala de aula. Apesar de grande em muitos municípios, a resistência ao PNAIC foi quebrada aos poucos por um dos pontos mais fortes do programa: a formação continuada. Se, em um primeiro momento, trabalhar em grupo parecia algo desafiador, os encontros se revelaram uma troca de experiências riquíssima, contagiando até mesmo aqueles que se mostraram resistentes no início.
A pesquisadora e coordenadora do Pacto na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),