Fisica
Os fenômenos celulares da inflamação envolvem o acionamento das capacidades celulares de movimentação, de adesão e de englobamento de partículas. O principal fenômeno é a saída de leucócitos da luz vascular e sua migração para o local agredido.
Esse fenômeno segue algumas fases:
1) Pavimentação: os leucócitos posicionam-se adjacentes aos endoteliócitos. Para tal, é necessário que ocorra a marginação leucocitária, ou seja, os leucócitos saem da porção central do fluxo sanguíneo (local onde são comumente encontrados) e vão para a periferia do fluxo. Isso é possível graças à diminuição da velocidade do fluxo (estase sanguínea), decorrente dos fenômenos vasculares.
2) Migração: os leucócitos migram pelas fendas entre os endoteliócitos, graças a movimentos amebóides que realizam (diapedese). Primeiramente, a célula emite um pseudópodo (estrutura semelhante a pé) e, depois, o corpo celular. Vale dizer que a célula escolhe o local por onde passa, e essa via acaba sendo preferencial para outras células. Esse mecanismo de escolha ainda não é conhecido. Juntamente com o leucócito, podem passar passivamente eritrócitos. Denomina-se de leucodiapedese os movimentos diapedéticos dos leucócitos; dos eritrócitos, são denominados de eritrodiapedese.
A quimiotaxia é um fator preponderante na exsudação celular. A célula possui, em sua membrana plasmática, receptores para algumas substâncias. Algumas destas podem entrar em contato com esse receptor; parece existir um mecanismo, baseado na mudança na forma do receptor, que faz com que a célula "perceba" a existência de maior quantidade dessa substância em locais específicos. Percebendo essa maior quantidade, a célula migra para o local. A descrição desse mecanismo ainda é especulativa. A variação qualitativa e quantitativa dos diferentes elementos celulares presentes no foco inflamatório promove diferenciações nesse local, que podem caracterizar, entre outras classificações, uma inflamação