PNAIC
Os gêneros textuais são caracterizados pelas perguntas “o quê?”, “por quê?” e “para quem?”. Assim, o diário é escrito por você, para registrar acontecimentos e sentimentos.
Como todo gênero textual, o diário também se demarca por características lingüísticas específicas
Partindo do pressuposto de que alguns aspectos são determinantes na materialização dos gêneros (tais como “o quê?”, “por quê?” e “para quem?”), o diário se caracteriza como um texto no qual temos a oportunidade de registrar idéias, opiniões acerca da realidade que nos cerca, expressar sentimentos de uma maneira geral, bem como registrar fatos ocorridos no cotidiano.
Dada a realidade de que o interlocutor se revela pela própria pessoa que escreveu o diário, a linguagem nele empregada não segue os padrões formais, podendo pender para um tom mais espontâneo, coloquial, marcas de oralidade. O uso da primeira pessoa do singular torna-se preponderante e a estrutura costuma não ser rígida. Contudo, normalmente, o que se verifica é o uso do vocativo (como, por exemplo: querido diário), demarcado logo após a data. Como já exposto, o diário muitas vezes não se dirige a alguém, em específico, no entanto, pode ser que a intenção se manifeste por um interlocutor determinado, sendo esse real ou fictício.
O diário pode se tornar um importante e valoroso documento histórico, haja vista que pode retratar uma determinada época ou mesmo registrar fatos do dia a dia de uma pessoa que faz ou fez parte da sociedade, como é caso do livro Quarto de despejo – Diário de uma favelada, de Carolina de Jesus, uma catadora de papel que viveu na favela de Canindé, São Paulo. Nele podemos atestar a árdua luta pela sobrevivência, retratada pelas pessoas que “clamam” por melhores condições de sobrevivência.
Diário de bordo: Registre suas impressões sobre o nosso encontro.
Querido diário
O segundo encontro do PNAIC (Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa) aconteceu em 13 de junho de 2014,