Platão
Filho de família nobre, a expectativa de Platão era intervir na política da cidade. Sua mãe, Perictione, era descendente do antigo reformador Sólon e irmã de dois dirigentes pró-Esparta. Desta forma, Platão conheceu por dentro os bastidores do governo de Atenas.
A educação que Platão recebeu incluía Oratória, Artes, Matemática, Educação Física e Filosofia. O grande acontecimento de sua vida ocorreu quando, aos vinte anos, encontrou Sócrates, então com sessenta. Durante oito anos, até a morte de Sócrates, ele foi seu discípulo e amigo. Mais tarde, Platão escreveria que seu mestre foi “o mais sábio e o mais justo dos homens”.
Revoltado com a morte de Sócrates e decepcionado com a política ateniense, Platão viajou para várias cidades: Mégara ao norte da África, Egito, Cirene e Siracusa na Itália. Nesta última, chegou a ser deportado e vendido como escravo. Após ser libertado graças ao resgate pago pelos amigos, Platão retorna à Atenas, por volta de 387a.C e funda a Academia, centro de investigações que dirigiu durante quarenta anos. Nesse tempo ele também se dedicou a seus escritos. Esse período de maturidade intelectual foi interrompido por mais duas viagens a Siracusa.
Faleceu aos oitenta anos, deixando um monumento filosófico constituído de 36 diálogos e 13 cartas.
O que Platão pensou?
Platão partiu do mundo das experiências cotidianas. É esse mundo, físico e sensível, que o impele a filosofar, a buscar um fundamento radical para nossa realidade. As ideias de Platão foram uma resposta pessoal à provocação de seu tempo. O filósofo resumiu seu pensamento de maneira imaginativa e atraente na Alegoria da caverna, um dos