Platão
Platão foi discípulo de Sócrates durante aproximadamente dez anos, posteriormente a morte de seu mestre escreveu os “diálogos socráticos” que continham os ensinamentos de Sócrates. Após ter tido contado com os pitagóricos e eleatas, foi se afastando progressivamente das teorias socráticas e formulando sua própria doutrina, a teoria das formas ou ideias, que foi considerada o início da Metafísica clássica. Diferente de seu mestre, para Platão a filosofia era essencialmente teórica, o que leva a corrente a se afastar do mundo da nossa experiência concreta e passa a ser vista como meditação. O interesse prático da filosofia continua, em sua essência, o mesmo de Sócrates, acrescentando que também está voltada para a dimensão ética e política da existência humana.
Em linhas gerais, sua argumentação consiste em que toda ação humana precisa de uma escolha, que leva a uma decisão, sempre envolvendo critérios que nos possibilitam avaliar as alternativas a partir de um conhecimento, no qual só é possível chegar pelo raciocínio teórico. Nossas decisões devem, sempre, ser universais. Quando baseada em uma decisão que obedeceu a determinados critérios, a ação pode ser considerada legítima. Platão possui uma visão dualista da realidade, que engloba o mundo das ideias e o mundo concreto, como ilustração possui o Mito da Linha Dividida e o Mito da Caverna. No Mito da