Platão e a beleza
Platão não achava a beleza subjetiva. Daí o seu idealismo realista. O Belo vivia num mundo à parte, existia como "modelo"e, que, portanto, era o MUNDO PERFEITO.
Este nosso mundo era, para Platão, um mundo das aparências, sombras e ilusões. Ele é múltiplo, em contraposição à unidade do verdadeiro mundo. Ele é uma cópia do mundo real, eterno e imutavel.
Quando se diz que Platão era um idealista realista parece paradoxal, mas é que as ideias, para Platão, não estão dentro apenas do nosso cérebro, elas são reais, eternas e imutáveis. Eis a bendita metafísica que Platão sistematizou tão bem. Apesar de não gostar muito dele, penso que ele está muito presente até hoje, afinal, Platão foI cristianizado por SANTO AGOSTINHO. Foi colocado dentro do esquemão CRISTÃO.
A beleza é subjetiva e relativa ou objetiva e absoluta? Ela existe na própria estrutura do Universo e nós a descobrimos ou ela é histórica e cultural? O que é a beleza? O que faz a beleza ser a beleza e não outra coisa? Eis a metafísica nua, pura e crua. Para Platão, a beleza existe num mundo à parte.
O interessante é que para Platao explicar um suposto mundo à parte e, segundo ele, era o mundo original, perfeito, imutável e eterno, ele postulou a existência de uma alma imaterial que viveu no MUNDO DAS IDEIAS, FORMAS E ESSÊNCIAS, antes de encarnar num corpo físico. Platão propôs a chamada Teoria da Reminiscência. Mas o que é isto? Teoria da Reminiscência? Para ele, na Teoria da Reminiscência, a nossa alma antes de nascer num corpo físico contemplou o mundo verdadeiro, ou seja, o MUNDO DAS IDEIAS, FORMAS E ESSÊNCIAS. A alma "conheceu" este mundo(MUNDO PERFEITO) e ao nascer" na matéria densa e sólida, esqueceu-se do que contemplou, inclusive, a tal BELEZA OU O BELO.
A alma esquece a "verdade," por assim dizer. Como ela pode relembrar? Através do método dialético, do diálogo racional e lógico entre as pessoas, para purificar os possíveis erros e equívocos. Consequentemente,