Platão - Norberto Bobbio
Universidade Federal de Santa Catarina
Centro de Ciências Jurídicas
BOBBIO, Norberto. A Teoria das Formas de Governo. UnB, Brasília, 1995
Fichamento do capitulo 2: Platão
Neste capítulo o autor fala sobre o filósofo Platão, focalizando principalmente em sua mais importante obra, A República. Nela o filósofo descreve o que seria o Estado Ideal, onde cada cidadão teria um papel especial de acordo com suas aptidões, poderia ser: filósofo-governante, militar ou artesão. Este Estado nunca existiu na realidade em nenhum local como é mostrado em alguns diálogos.
Para Platão todos os governos existentes são corrompidos e este mostra uma visão extremamente pessimista em relação ao futuro, falando que as formas más de governo já existentes somente tendem a ficar piores. Contrariando assim, Aristóteles e Políbio que afirmam que ao longo da história surgem governos bons e maus sucessivamente. O célebre filósofo tem esta visão negativa do mundo, pois vê na sociedade grega uma elevada decadência e acredita que apenas com um choque radical esta situação seria contornada.
Platão analisa as formas de governo presentes para propor qual seria a ideal e condena as demais em níveis, de melhor a pior. As duas formas ideais seriam uma monarquia ou uma aristocracia dependendo do Estado em questão. Ele nomeia as 4 formas ditas “ruins” em suas formas corrompidas, seriam elas: a oligarquia (aristocracia corrompida), a democracia (politéia corrompida), a tirania(monarquia corrompida), classificada por Platão como a pior das formas, e ainda a timocracia que no caso seria o caminho para um Estado Ideal, exemplificada no caso pela sociedade Espartana. Então Platão classifica os governantes de cada forma de governo pelas suas paixões: o timocrático pela ambição, o oligárquico pela fome por riquezas, o democrático pela vontade da liberdade, e por fim o tirano pelo excesso de violência imposta. O governo será corrompido quando as