Resumo - Platão

fichamento do capítulo “PLATÃO”, da obra “teoria das formas de governo”, de norberto bobbio

No segundo capítulo da obra “Teoria das Formas de Governo”, de Norberto Bobbio, o autor aborda o assunto principal de seu trabalho sob a ótica do filósofo grego Platão. Esse pensador viveu em Atenas, uma das mais prósperas Polis (cidade) da Grécia Antiga. A maior parte de seus escritos encontram-se na forma de diálogos, geralmente representados por seu mestre Sócrates, em que enfatiza os elementos mito-poéticos com fatores essencialmente racionais. A Filosofia Platônica assume, assim, contornos e objetivos morais, apresentando soluções para os dilemas existenciais, em que busca descrever um Estado Ideal, deslocado da realidade.
Para melhor caracterizar esse autor antigo, Bobbio destaca dois de seus principais diálogos: “A República” e “O Político”. No primeiro texto, Platão tem por objetivo descrever uma república ideal, que, segundo o escritor “tem por objetivo a realização da justiça entendida como atribuição a cada um da obrigação que lhe cabe, de acordo com as próprias aptidões” (p. 45). Esse modelo de Estado é, todavia, constituído por três classes de homens – os governantes-filósofos, os guerreiros e os artesões, os quais se dedicam a trabalhos produtivos. Porém, esse sistema de governo é idealizado, visto que nunca foi aplicado em nenhum lugar.
Dessa forma, todos os Estados existentes na época eram Estados reais, que poderiam ser corrompidos, embora de maneira desigual. O Estado Perfeito, de acordo com Platão, é único, uma vez que há somente uma composição perfeita, mas os Estados Imperfeitos são muitos, conforme o princípio do livro “A forma de virtude é uma só, mas o vício tem uma variedade infinita” (p. 45). Contudo, ao contrário do exposto no primeiro capítulo sobre Heródoto, todas as formas de governo são más, ao menos parcialmente, e nenhuma delas é boa. Ademais, em vista desse fato, esses sistemas de governo apresentados não são aplicáveis, porque não se