Platão, Aristóteles, sentidos e a Psicologia
Platão traz em suas teorias alguns dos primeiros esboços dos principais temas psicológicos, como intelecto, emoção, motivação e saúde mental, e diferenças individuais. O pensador grego contribui amplamente para a humanidade em diversas áreas, inclusive na psicologia aplicada.
Sua famosa alegoria da caverna, apesar de sofrer críticas de seu próprio discípulo Aristóteles, traz uma reflexão incrível, e argumenta convincentemente a favor do reconhecimento das limitações a que estamos sujeitos pelos nossos cinco sentidos físicos.
O homem, como animal racional, mais que apenas reflexo de sensações, também vive baseado em impressões e memórias. A psicologia pode ajudar no estudo da própria relação do ser humano com o mundo através dos estímulos do meio, e além disso, auxiliar no processo de conhecimento do mundo mental, tanto no todo como nos particulares.
Segundo o filósofo inglês Alfred N. Whitehead, as obras de Platão são alicerce na construção da filosofia ocidental, fator intimamente ligado a psicologia e as formas de pensamento moderno. O seguidor de Sócrates enfatiza a razão como medida de todas as coisas e a linguagem como sua roupagem, o que claramente pode ser considerado uma base da psicologia.
Platão, como um racionalista, busca a essência interna, desprezando o mundo externo que apela aos sentidos. Esse pensamento se reflete atualmente em grande parte da Psicologia Científica.
O mentor de Aristóteles defendia que:
A origem do intelecto estava na alma
A tarefa da alma era superar as ilusões das impressões sensoriais e vencer as seduções do corpo para que fossem avivadas suas reminiscências
O conhecimento não poderia apoiar-se nas impressões sensoriais pois elas estavam em constante mudança
O conhecimento verdadeiro não poderia sustentar-se em aparências
Os problemas psíquicos seriam decorrentes de intemperança e uma boa saúde mental estava na moderação, no raciocínio e no cálculo, nas reflexões, no convívio com