Platao
Nome do Livro: BOBBIO, Norberto. A Teoria das Formas de Governo. Brasília. UnB. 1984
Disciplina: Teoria Política Professor: Rogério Portanova
Capítulo II – Platão
No capítulo em questão, é discutido o diálogo de A República, um dos três diálogos do filósofo grego Platão. Segundo o mesmo, na república ideal consistiriam três tipos de homem: os governantes-filósofos, os guerreiros e os que se dedicam a os trabalhos produtivos. Trata-se, porém, de uma sociedade que nunca existiu em lugar algum.
Segundo o filósofo, todos os Estados reais são corrompidos, embora em intensidades distintas. Dessa forma, o Estado perfeito é um só, enquanto os imperfeitos são inúmeros.
Ao contrário de outros pensadores, para Platao, historicamente se sucedem formas cada vez piores de governo. Deste modo, cada uma é pior do que a precedente, o que evidencia o caráter pessimista e regressista do estudioso.
Tal realidade é parcialmente explicada ao analisarmos o contexto histórico no qual Platão estava inserido. àquela altura, as pólis gregas estavam se degradando e a democracia ateniense, ruindo.
Platão admite a existência de seis formas de governo. A Oligarquia seria a forma corrompida da aristocracia, a democracia da politeia, a tirania à monarquia. Também, ele se perguntava se seria a timocracia uma forma de governo situada entre a aristocracia e a oligarquia.
A timocracia, em seu tempo, era bem representada pelo Estado espartano, o qual detinha a admiração de Platão, que considerava esse tipo de governo o mais próximo de sua República. O único erro, em sua concepção, era o fato dos guerreiros serem mais honrados do que os sábios.
Logo em seguida, o filósofo passa a caracterizar os tipos de cada forma de governo.
O homem timocrático: movidos pelo passional
“... é severo com os criados, mas não deixa de ter consciência deles, como quem recebeu uma educação perfeita; é brando para com os