plasmolise
Estima-se que atualmente existam mais de dez milhões – talvez cem milhões – de espécies que habitam a Terra. Cada uma dessas espécies é diferente, e cada uma é capaz de se re- produzir fielmente. Isso gera uma progênie da mesma espécie: o organismo parental trans- fere as informações específicas, minuciosamente detalhadas, das características que seus descendentes devem ter. Este fenômeno da hereditariedade é a parte central da definição da vida: ele diferencia a vida de outros processos, como o desenvolvimento de um cristal, a queima de uma vela, ou a formação de ondas na água, nos quais são geradas estruturas ordenadas, mas sem o mesmo tipo de ligação peculiar que se observa entre os pais e os seus descendentes. Assim como a chama da vela, os organismos vivos consomem energia livre para criar e manter sua organização; mas a energia livre dirige um sistema imensamente complexo de processos químicos que são especificados pela informação hereditária.
A maioria dos organismos vivos é unicelular; outros organismos, como nós mesmos, são vastas cidades multicelulares, nas quais grupos de células realizam funções especiali- zadas e estão conectados por intrincados sistemas de comunicação. Contudo, tanto em se tratando de uma simples bactéria quanto de um agregado de mais de 1013 células, como o corpo humano, o organismo foi gerado a partir da divisão celular de uma única célula. Consequentemente, uma simples célula é o veículo de informação hereditária que