plantas transgênicas
Transgênicos ou organismos geneticamente modificados (OGM) são organismos que, mediante técnicas de Engenharia genética, sofreram alterações no seu material genético. A manipulação genética recombina características de um ou mais organismos de uma forma que provavelmente não aconteceria na natureza. Esta combinação artificial tem como objetivo a obtenção de características específicas em um determinado organismo.
As variedades transgênicas são criadas para resistir as pragas, doenças e herbicidas e também para se adaptarem as condições meteorológicas ou para produzirem maiores quantidades de alimentos/sementes.
Transferência dos genes de interesse: O isolamento de genes é, hoje, uma técnica dominada pela ciência. A etapa seguinte para a obtenção de plantas transgênicas é a inserção do gene isolado em células vegetais. Algumas estratégias para alcançar esse objetivo já foram desenvolvidas. Vejamos as mais importantes:
a) Agrobactéria: Há bactérias do solo, do gênero Agrobacterium, que se associam a plantas dicotiledôneas, causando-lhes tumores. Durante a infecção, a bactéria é capaz de inserir seus próprios genes no genoma da planta. Estudos demonstraram que estes genes estão codificados no DNA de grandes plasmídeos de Agrobacterium, os plasmídeos Ti (= Tumor inducing = indutores de tumores), em um segmento de DNA denominado de T-DNA (Transfere o DNA = DNA transferido). O T-DNA, carregando os genes bacterianos, integra-se ao genoma da planta, que passa a expressar estes genes. Esta expressão resulta na síntese de auxinas e citocininas, que levam à formação de tumores em plantas, e aminoácidos modificados (opinas), substâncias necessárias para a sobrevivência da bactéria. Para aproveitar-se destas propriedades naturais para a transferência de genes de interesse em plantas, é necessário eliminar as características indesejáveis do T-DNA, mantendo a sua capacidade de integrar-se