Plantas medicinais do brasil com atividade antifúngica
As infecções produzidas por fungos são freqüentes em nosso país. Este fato está relacionado ao clima tropical. Mediante as condições geográficas em que se vive, tanto as micoses superficiais como as sistêmicas e oportunistas existem em grande número, causando quadros clínicos bem diversificados (SAURAT et al., 1990). Os fungos são microrganismos eucarióticos mais complexos, em comparação às bactérias ou vírus. Possuem uma espessa parede constituída por quitina e polissacarídeo, uma membrana celular cujo principal componente é o ergosterol. Portanto, em razão dessas características peculiares, em geral os fungos são naturalmente resistentes aos antimicrobianos utilizados no combate ás infecções causadas por bactérias e vice-versa. (BRODY et al. 1997; SIDRIM; MOREIRA, 1999). As principais drogas antifúngicas são os polienos (nistatina, anfotericina B), imidazóis (cetoconazol, fluconazol, miconazol, ecomazol, clotrimazol, etc.), flucitosina e griseofulvina. A toxicidade de muitas drogas antifúngicas limita seu uso, e infelizmente existem poucos fármacos que são úteis no tratamento de infecções sistêmicas (BRODY et al., 1997). A investigação de substâncias antimicrobianas existentes nos vegetais teve inicio após a descoberta da penicilina. As atividades biológicas de tais substâncias encontram-se associadas à presença de compostos químicos oriundos do metabolismo secundário das espécies vegetais como alcalóides, flavonóides, taninos, cumarinas, glicosídeos e substâncias voláteis. O conhecimento sobre plantas ou produtos de síntese com propriedade antifúngica tem sido revisto e ampliado em função de crescentes problemas associados com o uso sem controle de antifúngicos e do alto custo dos antifúngicos industrializados (CARLSON et al., 1948; IEVEN et al., 1979; TAVARES, 1984). A fitoterapia constitui uma forma de terapia medicinal que vem crescendo notadamente nos últimos anos, a ponto de movimentar um mercado de 22