Plantas invasoras
Alguns aspectos do caso português
Introdução
A invasão por espécies de origem exótica é considerada uma ameaça à diversidade biológica nativa e às actividades económicas de determinada região ou país.
Este fenómeno de escala global tem feito crescer o interesse da comunidade científica e de outros actores da sociedade levando os mesmos a acções de correcção e prevenção no sentido de recuperação de áreas afectadas.
Algumas espécies biológicas encerram em si a possibilidade de se adaptarem a novos ambientes competindo com as espécies por nutrientes, luz solar ou mesmo por espaço físico.
A sua proliferação modifica o ecossistema onde se instala tornando-se em certos casos uma praga na nova localização.
No entanto a abordagem deste problema leva-nos a reflectir sobre a fragilidade das espécies invadidas.
Podemos evocar aqui a selecção natural de Charles Darwin como núcleo de uma teoria da evolução? Esta luta pela existência que conduz à sobrevivência do mais apto não é responsável pela triagem exercida pelas plantas invasoras?
Apoiando-nos no trabalho de Dukes & Mooney, 1999; Pyke & Knick, 2003 que consideram as plantas invasoras como agentes de mudança global podemos concluir que a tendência natural será a de que as espécies mais frágeis não terão lugar no futuro. Os elevados custos do controlo de espécies invasoras irão influenciar a tomada de decisões que penderá naturalmente noutros sentidos em que o resultado seja mais visível e de rápido retorno.
1. Breve explicação sobre plantas invasoras
Segundo Charles Elton em The Ecology of Invasions by Animals and Plants, 1958, obra considerada por muitos como a fundadora da Ecologia das Invasões, ramo autónomo da Ecologia, um organismo invasor é “uma espécie estrangeira que invade com sucesso um outro país” provocando uma “explosão ecológica”, daí resultando o aumento em número desta população.
A invasão resulta geralmente da acção humana ao transportar inadvertidamente, ou então