planos econômicos brasileiros
Nesta quarta (15), o Plano Brasil Novo, também conhecido como Plano Collor, completa 19 anos. Na ocasião, entrou em vigor o controverso plano econômico de Fernando Collor, anunciado logo após sua posse, em março de 1990.
Saiba quais foram os principais planos econômicos brasileiros desde 1986:
Plano Cruzado – Fevereiro de 1986
Criado pelo governo José Sarney no final de fevereiro de 1986, o Plano Cruzado foi idealizado por Dilson Funaro, então ministro da Fazenda. Entre as principais medidas estavam:
- Congelamento de preços de bens e serviços; - Reforma monetária, alterando a moeda que passou a se chamar cruzado;
- Congelamento dos salários pela média de seu valor dos últimos seis meses e do salário mínimo em Cz$ 804,0; - Criação de uma tabela de conversão para transformar as dívidas contraídas em uma inflação muito alta em dívidas contraídas em uma economia de inflação praticamente nula; - Criação de um tipo de seguro-desemprego para quer fosse dispensado sem justa causa ou em virtude do fechamento de empresas; - Salários passam a ser reajustados pelo chamado gatilho salarial, que estabelecia o reajuste automático dos salários sempre que a inflação alcançasse 20%.
Em um primeiro momento, o Plano Cruzado teve amplo apoio popular e até mesmo seus opositores passaram a apoiá-lo. No entanto as coisas começaram a não dar certo, pois os preços relativos da economia estavam desequilibrados. Com isso, muitos produtores não puderam reajustar seus preços (que eram corrigidos no início de cada mês) e acabaram perdendo rentabilidade no negócio ou, em alguns casos, ficando com preços mais baixos que os custos. Isso levou à queda na qualidade de diversos produtos.
Além disso, o congelamento não permitiu que os preços que variam de acordo com a época do ano se ajustassem, o que levou ao desabastecimento de alguns bens e o surgimento do ágio para a compra de produtos como carne, leite e automóveis. Para piorar a situação, o governo