Planos econômicos brasileiros
B. Planos de estabilização macroeconômica (1986-1995)
1. Plano Cruzado
(Governo Sarney, 1985-1990, implementado em fevereiro de 1986):
- heterodoxia econômica e tratamento de choque: congelamento de preços, salários, tarifas e câmbio, com troca de moeda (com corte de três zeros do antigo cruzeiro) e tabelamento da indexação;
2. Plano Cruzado II
(Governo Sarney, novembro de 1986):
- aumento de tarifas, reajuste de preços, reindexação da economia e criação de um gatilho salarial; aumento da carga fiscal.
3. Plano Bresser
(Governo Sarney, junho de 1987):
- novo choque cambial e tarifário, com congelamento de preços, salários e aluguéis e estabelecimento de novo indexador, abandonado depois; câmbio continuou no regime de minidesvalorizações; fracasso do plano devido à incapacidade do governo de aprovar um ajuste fiscal.
4. Plano Verão
(Governo Sarney, janeiro de 1989):
- congelamento de salários e tarifas, nova reforma monetária (cortou três zeros do cruzado); desvalorização e congelamento do câmbio.
5. Plano “Brasil Novo” ou Plano Collor
(Governo Fernando Collor de Mello, 1990-1992, em março de 1990):
- o choque mais brutal já conhecido na história econômica do Brasil: nova reforma monetária (com reintrodução do cruzeiro), confisco de todas as aplicações financeiras e limite aos saques das contas à vista; liberalização cambial, com flutuação temporária do dólar.
6. Plano Collor II
(Governo Collor, fevereiro de 1991):
- redução dos controles financeiros, liberalização parcial de preços e tarifas, com novo plano de tabelamento (tentativa de desindexação), nova fixação do câmbio, seguida de novo surto inflacionário, mas sem substituição ou correção da moeda.
7. Fundo Social de Emergência (primeira e segunda fases do Plano Real)
(Itamar Franco 1992-1994; ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, a partir de dezembro de 1993):
- Atuação sobre as causas da inflação: o déficit público;