Plano real
As grandes guerras mundiais da primeira metade do século XIX, assim como os conturbados anos do período de entre guerras, como a crise dos anos 30 e as hiperinflações de países europeus, provocaram grandes perturbações na economia de praticamente todos os países e, por conseguinte, nas relações econômicas internacionais. Esta época se contrastava com a relativa prosperidade de antes da primeira mundial. Esta época, liderada pela Inglaterra, viu a dinamização das relações econômicas internacionais, tanto comerciais quanto financeiras. Já nos anos de entre guerras, o comércio internacional reduziu-se e os fluxos internacionais de capitais também. Segundo as autoridades da época, talvez o principal problema deste período tenha sido a ruptura do chamado padrão-ouro. O Padrão-ouro era uma espécie de sistema monetário internacional tacitamente aceito pelas principais nações desenvolvidas.
Já ao final da Segunda Guerra Mundial mostrava-se necessário a existência de um novo sistema monetário internacional. O objetivo de um Sistema Monetário Internacional é o de viabilizar as transações entre países, estabelecendo regras e convenções que regulem as relações monetárias e financeiras e não criem entraves ao desenvolvimento mundial. Neste sentido define-se: o ativo (moeda) de reserva internacional, sua forma de controle, sua relação com as diferentes moedas nacionais (o regime cambial), os mecanismos de financiamento e ajustamento dos desequilíbrios dos balanços de pagamentos, o grau de liberdade dos capitais privados e a institucionalidade que garantirá o funcionamento deste sistema. Tais eram as preocupações presentes, nos últimos anos da Segunda Guerra Mundial, quando se via no comércio mundial importante instrumento para potencializar o desenvolvimento do mundo capitalista.
Na Conferência de Bretton Woods, algumas propostas de remodelagem do sistema monetário internacional surgiram; entre elas destacaram-se as do