Plano real
O gráfico acima permite compreender que, durante a década de 1990 os resultados apresentados do Produto Interno Bruto (PIB) tiveram oscilações significativas. Nos anos que antecederam 1994, a variação do PIB brasileiro foi negativa, decorrente do turbulento cenário de hiperinflação e instabilidade e após 1994, oscilante em virtude das diversas crises econômicas de ordem mundial a que o Brasil esteve submetido e foi diretamente impactado.
1ª Gestão de Fernando Henrique Cardoso (1994-1998)
A partir de 1994, com a adoção do Plano Real, o país conseguiu se restabelecer, livrando-se da indexação da economia, resultando na redução considerável dos exagerados níveis inflacionários. Em contrapartida, a suscetibilidade externa aumentou devido à elevação da taxa de juros e ao câmbio sobrevalorizado. Tal fato cerceou o crescimento econômico, agravando o problema das contas públicas, contudo o PIB eleva-se em 1%, devido aos reduzidos índices de inflação a partir de julho de 1994, ocasionando saldos positivos para a produção e para o consumo.
Os índices econômicos do primeiro semestre de 1994 apresentaram picos de inflação, quedas da massa salarial e estagnação do nível da atividade econômica. No semestre seguinte, houve uma reversão gradual desta tendência, pois neste período a implementação do Plano Real estava praticamente concluída na economia. O PIB fechou em 5,9% em 1994 e o setor industrial apresentou expansão de 7%.
De 1994 para 1995, a taxa de crescimento do PIB foi negativa. Esta variação foi reflexo principalmente da crise mexicana, que impactou no fluxo de capitais dos países emergentes, assim como o Brasil. No primeiro trimestre de 1995, a economia manteve-se em expansão, apresentando uma taxa de crescimento (ajustada sazonalmente) de 3,1% em relação aos últimos três meses do ano anterior. Entre junho de 1994 e março de 1995, a produção